Este post tem como intenção expor um pouco sobre o livro que o grupo Liberdade e Ambiguidade: Compreendendo Beauvoir passa a estudar.
Por muito tempo, o grupo de estudos manteve-se focado nos escritos iniciais da autora como: O Existencialismo e a sabedoria das nações (lançado em 1948, mas com quatro artigos escritos para a revista Les Temps Moderns na década de 40, do qual para ver o resumo realizado pelo grupo, basta clicar AQUI); Por uma Moral da Ambiguidade (1947) e Pirro e Cinéias (1944) sendo este o primeiro ensaio filosófico de Beauvoir e pode ser encontrado na edição de Por Uma Moral da Ambiguidade (Destes dois últimos não há resumos no blog, mas serviu como base para alguns artigos e comunicações de membros em eventos de filosofia); E o último a ser estudado foi O Pensamento de Direita, Hoje (para ver o resumo realizado pelo grupo deste livro basta clicar AQUI).
Quando se menciona o nome de Simone de Beauvoir ou se pergunta acerca de um livro dela, normalmente o que se vem a mente é o nome de um certo livro que foi publicado em 1949: O Segundo Sexo. E é justamente o livro mais famoso de sua autoria que o grupo passa a estudar a partir desta data. Um livro que analisa a mulher como um tema filosófico, que causou muita polêmica na época. O que ocasionou reações muito hostis contra o livro e a própria Beauvoir.
Quando questionada acerca disso e de quem partia essas manifestações hostis, Simone de Beauvoir diz numa entrevista de 1976, concedida para Alice Schwarzer, que pode ser encontrada no livro de 1983 :Simone de Beauvoir hoje:
" De todos. Talvez tivéssemos cometido um engano publicando antes da saída do livro, o capítulo sobre a sexualidade em Les Temps Modernes. Ele desencandeou a tempestade. Foi de uma grosseria... Mauriac, por exemplo, escreveu a um amigo que na época, trabalhava conosco em Les Temps Modernes: "Ah, acabo de aprender muito sobre a vagina de sua patroa..."
E Camus, que naquele tempo ainda era amigo, me disse: "Você ridicularizou o homem francês." Professores atiraram o livro através da sala, de tal modo sua leitura lhes foi insuportável.
E quando eu ia ao restaurante, à Coupole, por exemplo, vestida da forma mais feminina, como é meu costume, as pessoas me olhavam e diziam: "Ah, muito bem, é ela... eu pensava que... Então é ela que transa nas duas áreas." Porque, naquela época, eu tinha reputação de lésbica. Uma mulher que ousara escrever aquelas coisas, não podia ser "normal".
Os comunistas também me reduziram a pedaços. Trataram-me de "pequeno-burguesa" e me explicaram: "Compreenda, as operárias de Billancourt estão se lixando para todas as coisas que a senhora lhes diz." O que é interamente falso. Eu não tinha do meu lado nem a esquerda nem a direita."
Por essa resposta, pode-se se ter uma idéia da polêmica que o livro levanta. A situação da mulher em sempre estar abaixo do homem, não é algo a priori, não é dada por nenhum fator histórico ou biológico.
O Segundo Sexo é divido em duas partes. A primeira chama-se: Fatos e Mitos e a segunda: A Experiência Vivida. Em que há uma analíse da figura da mulher, na biologia, história, os mitos acerca da mulher, a formação, situação, justificações e um caminho para ela se libertar.
Como é possível supor, o livro possui várias edições. As que estão sendo utilizadas pelo grupo é a da editora Nova Fronteira e Círculo do livro. E uma edição em francês para comparações de traduções. Abaixo algumas fotos dos livros:
Esta abaixo é pela editora Círculo do Livro.
E estas aqui são de 1980, pela Nova Fronteira, a mesma que lançou a livro em comemoração ano passado do qual a fotto foi a primeira mostrada.
Como foi dito no início, este post é apenas para informar um pouco sobre a nova obra a ser estudada pelo grupo, e para que tenham um pouco da idéia dos resumos que irão a ser postados aqui.
O que se pretende é que com o avançar dos estudos os resumos irão ser postados quizenalmente, assim como as reauniões.
òtimo! adorei!
ResponderExcluirFINALMENTE ACHEI ESSA PORRA PAZ FILOA d a outA
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