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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Segundo Sexo Vol I - Cap 1 ( Parte 2)

O Segundo Sexo
Capítulo 1 - Os dados da Biologia ( Parte 2)
Páginas 31 - 41

Nesta parte ao qual este resumo se refere, Simone de Beauvoir toma como ponto inicial o processo de fecundação para chegar ao entendimento que tanto macho ou fêmeas terminam por serem escravos de sua espécie, embora cada um tenham suas similaridades, como por exemplo, a função de um zangão é diferente da abelha rainha, mas ambos, em suas particularidades, são condicionados por sua espécie. Podemos dizer o que uma abelha ou um zangão são, pelos dados que a Biologia nos fornece, mas no ser humano, isso torna-se problemático, pois a Biologia não fornece os dados que diga qual seria o verdadeiro lugar da mulher ou do homem na sociedade ou o que eles são.

Tanto o gameta masculino e feminino não possuem privilégios por serem o que são na hora que a fecundação ocorre, ou seja, não há papeis passivos e agressivos, ou um prêmio a mais por ser um ou outro, pois ambos deixam de lado suas respectivas individualidades para tornarem-se um novo ser, se perdendo e superando. Nesse movimento da vida que é perda e superação, um manter para superar e supera mantendo. Esse novo ser criado da fusão entre os gametas masculino e feminino, carrega consigo tanto as carasteristícas do espermatozoide como do óvulo, sendo ele homem ou mulher; levando isso em conta, é interessante observar que num primeiro momento esse novo ser é andrógino, pois não tem determinação de sexo.

Obviamente há deferenças entre o espermatozoide e o óvulo, mas estas são secundarias, como do fato da estrutura de ambos, o primeiro tem a mobilidade como uma de suas características mais marcantes, é o espermatozoide que procura; o óvulo tem já a sua, voltada para a nutrição e proteção do embrião.

Embora uma analogia comportamental entre homem e mulher utilizando as figuras do espermatozoide e do óvulo sejam, um tanto arriscadas, sempre há quem está disposto a correr esse risco. Alfred Fouillée em Le Tempérament et le Caractère, pretendia definir a mulher justamente por seu óvulo e o homem pelo seu espematozoide, o que é estranho se você considerar que tanto homens e mulheres vieram não só de um ou de outro, mas da fusão de ambos. Homem, mulher, macho e fêmea, são variações de uma base comum que se complementam.

Na vida animal, a fêmea e o macho são escravos de sua espécie, para manter a propagação. A rainha de um formigueiro que passa toda sua vida pondo um ovo por segundo até ficar estéril é tão prisioneira como as formigas que cuidam de sua rainha. A abelha rainha tem que desovar incessantemente, as outras trabalhar incessantemente e os zangões as fecundam e depois são assassinatos.

Nem entre as formigas, as abelhas e as térmitas, nem no caso da aranha ou do louva-a-deus, pode-se dizer que a fẽmea escraviza e devora o macho: é a espécie que, por vias diferentes, devora a ambos. (BEAUVOIR, 1989, pag39)
A espécie escraviza a fêmea para a manuntenção e propagação da mesma, mas da mesma forma pune o macho por tentar escapar a essa escravidão, com seu leve esboço de individualidade por meio de sua sexualidade.


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Vídeo francês sobre o centenário de Simone de Beauvoir

Não, nós não estamos loucos a ponto de não perceber que o centenário de nascimento de Simone de Beauvoir não é neste ano.

O centenário foi em 2008, obviamente. Mas como estamos com certos problemas de ordem técnica para a postagem do próximo resumo e como não queremos que o blog fique muito tempo sem alguma postagem, não há nada que nos impeça de postar outra coisa que não seja resumo.

Ao pesquisar pelo youtube, este vídeo francês acerca do centenário pareceu uma ótima opção para um post aqui, não apenas pelo motivo de ser sobre o centenário em si, mas é um vídeo curto sobre sua vida e obra, mas conta com um vídeo de arquivo da própria Beauvoir e de sua filha adotiva Sylvie Lebon de Beauvoir e de uma biógrafa da primeira.




FONTE: