A Arte
A aristocracia de direita profere que se deve preferir à Beleza aos homens, tal afirmação consiste como sendo um de seus dogmas. A beleza é uma realidade projetada acima da nossa pobre realidade mundana; constitue a verdade do humano, mas é preciso que ela se mantenha contra os homens, pois como Drieu la Rochelle diz: "a humanidade é feia venha de Chicago ou de Pontoise".
A sorte da Arte e da Beleza estão intimamente ligadas. A beleza se realiza plenamente na arte que é uma realidade dada que se aprende pela contemplação estética; é também por ela que o homem transcende seu próprio ser. A arte vai de contra ao destino, pois supera a mortalidade do homem que a fez e o tempo em que é realizada; está ancorada na eternidade. Por isso que os estetas recriminam esse mundo empírico em que se vive, por causa de sua data de validade, seu caráter absurdo e o caos.
Para os defensores da arte, a importância da arte sobrepõe-se aos outros valores eternos, pois ela possui uma realidade ao qual tanto a direita quanto a esquerda reconhecem: os outros valores não passam de equívocos inapreensíveis. A esquerda reconhece essa realidade da arte, assim como sua importância, mas se pergunta com que direito a direita confude a causa da arte com a dela própria. Tal fato, Simone de Beauvoir diz que é recente; por exemplo na literatura aconteceu uma revolta contra a burguesia, mas o momento negativo da revolta não foi ultrapassada. Não é mais possível fazer uma revolta contra a burguesia sem estar do lado de seus adversários, pode -se compreender com a máxima: "Resista ou Sirva". Se antes a poesia servia de crítica contra os valores, hoje ela serve à essa mesma burguesia.
Não há uma arte puramente autêntica, do mesmo modo que não há uma moral desse modo, que imobiliza o humano. Uma arte pela arte está fadada ao fracasso, do mesmo modo com uma moral com valores eternos e inumanos. As obras apreciadas pelos intelectuais burgueses mais se parecem com pastiches ( uma obra que imita grosseiramente o estilo de outros autores famosos). Um novo Sthendal ou um novo Rimbaud deveria não apenas imitar o estilo desses, mais ir alem das barreiras estabelecidas.
Aron e Monnerot afirmam que não é possível haver arte numa barbárie, como no comunismo e quem discorda deles, são acusados de "promoção" as custas do comunismo. É a Arte em pessoa que afirmaria e não os artistas, segundo o Sr. Stanislas Fumet, não é possível fazê-la na servidão, acontece que essa liberdade que a Arte está proclamando é justamente a da burguesia, a da miséria, a da corrupção; pois essas são úteis para que o artista viva a diversidade da vida. Seguindo essa linha de pensamento tão libertária, o que seria milhões morrendo de fome perto da eternidade de uma poesia de Montherlant? A infelicidade é necessária ao Transcedente, que é necessária à Beleza e à Arte. As doutrinas, as políticas que pregam a felicidade do homem são antiestéticas, o mundo tem que ficar como está. Tal pensamento traz dentro dele uma disseminação de um conformismo para que o poder continue nas mãos de quem está, pois dizem que "haverá sempre infelicidade sobre a terra". Segundo Dionys Mascolo "esta arte cúmplice da infelicidade não pode ser grande arte. Ela termina por trair a infelicidade, por trair a infelicidade e, assim, trair-se a si mesma.". Esse amor sem freios ao belo não nasce de um esteticismo, mas de um recentimento, diz Sartre.
Massa e arte se excluem, pois só é belo o que é raro e precioso, ao vulgarizar destroi-se a beleza e o valor artístico. É nesse princípio de exclusão entre as massas e a arte em que a estética da direita se fundamenta. Não haveria aquilo que tornaria os intelectuais diferente dos demais, de nada adianta se o melhor vinho é produzido em série com a mesma qualidade e gosto, de nada adiantaria uma obra de arte feita em série até mesmo com as imperfeições que a torna única. O que antes era raro e precioso, não passa de algo vulgarizado e sem valor.
Para os defensores da arte, a importância da arte sobrepõe-se aos outros valores eternos, pois ela possui uma realidade ao qual tanto a direita quanto a esquerda reconhecem: os outros valores não passam de equívocos inapreensíveis. A esquerda reconhece essa realidade da arte, assim como sua importância, mas se pergunta com que direito a direita confude a causa da arte com a dela própria. Tal fato, Simone de Beauvoir diz que é recente; por exemplo na literatura aconteceu uma revolta contra a burguesia, mas o momento negativo da revolta não foi ultrapassada. Não é mais possível fazer uma revolta contra a burguesia sem estar do lado de seus adversários, pode -se compreender com a máxima: "Resista ou Sirva". Se antes a poesia servia de crítica contra os valores, hoje ela serve à essa mesma burguesia.
Não há uma arte puramente autêntica, do mesmo modo que não há uma moral desse modo, que imobiliza o humano. Uma arte pela arte está fadada ao fracasso, do mesmo modo com uma moral com valores eternos e inumanos. As obras apreciadas pelos intelectuais burgueses mais se parecem com pastiches ( uma obra que imita grosseiramente o estilo de outros autores famosos). Um novo Sthendal ou um novo Rimbaud deveria não apenas imitar o estilo desses, mais ir alem das barreiras estabelecidas.
Aron e Monnerot afirmam que não é possível haver arte numa barbárie, como no comunismo e quem discorda deles, são acusados de "promoção" as custas do comunismo. É a Arte em pessoa que afirmaria e não os artistas, segundo o Sr. Stanislas Fumet, não é possível fazê-la na servidão, acontece que essa liberdade que a Arte está proclamando é justamente a da burguesia, a da miséria, a da corrupção; pois essas são úteis para que o artista viva a diversidade da vida. Seguindo essa linha de pensamento tão libertária, o que seria milhões morrendo de fome perto da eternidade de uma poesia de Montherlant? A infelicidade é necessária ao Transcedente, que é necessária à Beleza e à Arte. As doutrinas, as políticas que pregam a felicidade do homem são antiestéticas, o mundo tem que ficar como está. Tal pensamento traz dentro dele uma disseminação de um conformismo para que o poder continue nas mãos de quem está, pois dizem que "haverá sempre infelicidade sobre a terra". Segundo Dionys Mascolo "esta arte cúmplice da infelicidade não pode ser grande arte. Ela termina por trair a infelicidade, por trair a infelicidade e, assim, trair-se a si mesma.". Esse amor sem freios ao belo não nasce de um esteticismo, mas de um recentimento, diz Sartre.
Massa e arte se excluem, pois só é belo o que é raro e precioso, ao vulgarizar destroi-se a beleza e o valor artístico. É nesse princípio de exclusão entre as massas e a arte em que a estética da direita se fundamenta. Não haveria aquilo que tornaria os intelectuais diferente dos demais, de nada adianta se o melhor vinho é produzido em série com a mesma qualidade e gosto, de nada adiantaria uma obra de arte feita em série até mesmo com as imperfeições que a torna única. O que antes era raro e precioso, não passa de algo vulgarizado e sem valor.
"Não haveria aquilo que tornaria os intelectuais diferente dos demais, de nada adianta se o melhor vinho é produzido em série com a mesma qualidade e gosto, de nada adiantaria uma obra de arte feita em série até mesmo com as imperfeições que a torna única. O que antes era raro e precioso, não passa de algo vulgarizado e sem valor."
ResponderExcluirMuito massa esta conclusão! parabéns, como sempre, um resumo primoroso!