A Teoria da Elite
Nesse capítulo a autora irá argumentar acerca do pensamento da elite burguesa com relaçao ao comunismo. Para a elite, tanto proletarios quanto intelectuais vivem fora da realidade devido as imagens, os afetos ou ideias, tanto externas quanto internas. Ao se afastar do mundo, o homem se afasta dos seus semelhantes, tendo como único intuito seus próprios interesses. Para Monnerot, assim como para os pensadores de direita, o mundo está repleto de pessoas que enganam e daqueles que se deixam enganar, onde os movimentos são desprovidos de quaisquer finalidade. Dessa forma, a elite sentindo-se a única classe privilegiada se insere num sentimento de naúsea com a existência de "homens bárbaros".
Para tanto, Beauvoir irá mostrar que para obter o Direito a burguesia eleva seus pensadores acima da humanidade, usando-se da ideologia religiosa para alcançar suas pretensões. Assim, o burguês passa a afirmar que Deus o escolheu e quanto aos preteridos restavam-lhes apenas a resignação. Dessa maneira, a burguesia se utiliza até os dias de hoje do pensamento cristão como forma de justificar a exploração do homem, uma vez que o homem é uma coisa que necessita ser explorada, como afirmava Paul Claudel.
O cristianismo tornou-se com o tempo uma doutrina ambígua, pois todo homem é uma criatura de Deus, mas sempre existem aqueles que exploram os outros. Assim, Deus deixou de servir como justificativa para a dominação do homem sobre o homem. Então, Beauvoir nos apresenta o cume do pensamento burguês, onde seus interesses se tornam valores, a existência do privilegiado é sagrada, eles são superioridades, são a elite, e dessa forma se justifica a desigualdade. Segundo Nietzsche, utilizando-se de Maquiavel, só a existência dos privilegiados possui alguma finalidade; a massa não passa de inúmeros indíviduos com os mesmos rostos, todos iguais.
Para Spengler, somente a nobreza existiria na realidade, na história, toda a massa camponesa seria um momento da história do planeta; assim, a vida e a história representam a mesa coisa. Nesse contexto, a raça passa a se realizar na humanidade camponesa. Por outro lado, a burguesia não possui substância como a nobreza, uma vez que é surgida do conflito entre as cidades e o povo camponês.
A política sacrifica os homens com uma finalidade, enquanto que a economia apenas os mata; há assim uma diferença entre morrer de fome e morrer por um fim, onde na primeira não há nenhuma glória, enquanto que na segunda se morre como herói. Durante a guerra, muitos burgueses associaram sua causa com a causa nazista, acreditam que lucrariam mais com essa ideologia, entretanto o nazismo perdeu a guerra.
Para a elite o valor não é algo que se adquire, mas sim algo que está vinculado a raça, que é inerente a ela. As massas nada mais são do que animais, segundo a burguesia, e dessa forma são guiados por leis como os rebanhos de animais. Quando reduz-se o homem a si mesmo temos a impressão de que ele é destituído de qualquer significação. A nobreza tornou-se uma característica, uma qualidade que é inerente a própria alma, é algo que se encontra na transcendência, para tanto, é participando do ser que o homem possui dignidade.
O homem quando se torna membro da massa já não existe como ele mesmo, ele é, segundo Jaspers, o terreno perfeito para propagandas tendenciosas. O homem é, então, incapaz de transcender à sua própria história, a sua própria existência.
Muito massa os resumos deste blog... cada vez melhores e de fato um grande incentivo a leitura... Eu mesmo vou tentar adquirir exemplar deste livro essa semana!
ResponderExcluir:-)
Ele está a venda sob que aditora?
É mais fácil você achar o livro no site estante virtual, pois nas lojas já eestá esgotado faz tempo e não lançaram uma edição mais nova.
ResponderExcluirO meu é pela editora Paz e Terra.
^^
opa! muito bom o resumo. as análises do livro estão ficando boas!
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