Artigo I: O existencialismo e a sabedoria das nações
Página 32 à 42
A partir de agora a autora faz uma defesa e uma explicitação do pensamento existencialista. Afirma ser o existencialismo um otimismo, pois propõe ao homem não uma condição pré-estabelecida, ou um fim certo em que se deve simplesmente conformar-se a esperá-lo, como acredita a “filosofia da imanência”, mas ao contrário: faz do homem o próprio responsável pelos seus fins e exclui qualquer concepção de Natureza, trazendo consigo uma liberdade fundada no real.
Beauvoir combate também a falsa noção de que o existencialismo é uma filosofia do desespero, ou que seja uma filosofia solipsista. Na verdade, opõe-se a esta idéia e afirma-se como uma “filosofia da transcendência”, ou seja, compromete-se com o outro e com o mundo exterior, move-se em direção a estes. Logo, não despreza o amor, a amizade e a fraternidade, mas diz ser nestas manifestações que o homem encontra o fundamento e o cumprimento do seu ser. Sendo assim, leva também à conclusão de que o existencialismo encara a morte de maneira natural, nem com pesar, nem com um contentamento esperançoso, pois os empreendimentos humanos têm seu valor na liberdade que os envolve. Portanto, a liberdade está acima da morte. Critica a “moral exigente” e diz que nela é que está o pessimismo. Este engoda o homem numa escravidão aos fins, tornando-o um acomodado, pois é mais fácil livrar-se das responsabilidades sobre o agir, que simplesmente aceitar-se como feitor de si mesmo. Logo, o homem é aquilo que escolheu ser, este é senhor de si. Por tal argumentação surgem as contraposições ao existencialismo, fomentadas pelo medo da liberdade. Mas, Simone afirma que tudo isto advém não de um pessimismo ou desespero, mas sim de uma inquietação causada pela “filosofia da transcendência”, pois esta tira o homem do sono do conformismo e lança-o ao comprometimento da luta.
Portanto, finaliza o artigo desprezando qualquer heroísmo hipócrita ou covardia conformista e salienta que o existencialismo nada mais é que uma filosofia que aceita e assume o homem, torna-o autêntico. Assim, simplesmente “confia no homem”.
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A partir de agora a autora faz uma defesa e uma explicitação do pensamento existencialista. Afirma ser o existencialismo um otimismo, pois propõe ao homem não uma condição pré-estabelecida, ou um fim certo em que se deve simplesmente conformar-se a esperá-lo, como acredita a “filosofia da imanência”, mas ao contrário: faz do homem o próprio responsável pelos seus fins e exclui qualquer concepção de Natureza, trazendo consigo uma liberdade fundada no real.
Beauvoir combate também a falsa noção de que o existencialismo é uma filosofia do desespero, ou que seja uma filosofia solipsista. Na verdade, opõe-se a esta idéia e afirma-se como uma “filosofia da transcendência”, ou seja, compromete-se com o outro e com o mundo exterior, move-se em direção a estes. Logo, não despreza o amor, a amizade e a fraternidade, mas diz ser nestas manifestações que o homem encontra o fundamento e o cumprimento do seu ser. Sendo assim, leva também à conclusão de que o existencialismo encara a morte de maneira natural, nem com pesar, nem com um contentamento esperançoso, pois os empreendimentos humanos têm seu valor na liberdade que os envolve. Portanto, a liberdade está acima da morte. Critica a “moral exigente” e diz que nela é que está o pessimismo. Este engoda o homem numa escravidão aos fins, tornando-o um acomodado, pois é mais fácil livrar-se das responsabilidades sobre o agir, que simplesmente aceitar-se como feitor de si mesmo. Logo, o homem é aquilo que escolheu ser, este é senhor de si. Por tal argumentação surgem as contraposições ao existencialismo, fomentadas pelo medo da liberdade. Mas, Simone afirma que tudo isto advém não de um pessimismo ou desespero, mas sim de uma inquietação causada pela “filosofia da transcendência”, pois esta tira o homem do sono do conformismo e lança-o ao comprometimento da luta.
Portanto, finaliza o artigo desprezando qualquer heroísmo hipócrita ou covardia conformista e salienta que o existencialismo nada mais é que uma filosofia que aceita e assume o homem, torna-o autêntico. Assim, simplesmente “confia no homem”.
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