O Existencialismo e a Sabedoria das Nações. (02 de julho de 2009).
Discussão: Prefácio e Artigo I (O Existencialismo e a Sabedoria das Nações) até a página 20.
1. Prefácio
Um estadunidense preocupa-se em resolver os problemas, enquanto que na França preocupam-se em “equacioná-los”. – Beauvoir nos fala que um estadunidense lhe confessa essa visão. Além de pensar que “o pensamento especulativo não ajuda a viver”, e pelo contrário, dificulta. Mas, ao longo do prefácio, podemos perceber que Beauvoir nos indica que a “praticidade” política (do estadunidense) é indissoluvelmente ligada à moral (e ao pensamento especulativo da filosofia). Ambas tratam “de fazer a história humana, de fazer o homem”. E, por detrás de toda política há uma ética.
Os ensaios que se seguem na obra maior cujo o Artigo I é homônimo procuram defender o existencialismo contra a acusação de “frivolidade e gratuidade”.
“Toda tentativa viva é uma escolha filosófica.” A vida não se separa da filosofia.
2. O Existencialismo e a Sabedoria das Nações (Artigo I – até a pg. 20)
Acusam o existencialismo de “miserabilismo”, e que só mostra a fraqueza do homem, negando: a amizade, a fraternidade e todas as formas de amor. Que este encerra o indivíduo em uma solidão egoísta. Os críticos não se aprofundam no tema e os leitores acreditam nessas coisas “docilmente”. Com o tempo passaram a acreditar em uma natureza humana egoísta, imutável, e “fundou-se mesmo uma moral sobre esta psicologia sumária: inventou-se o utilitarismo que permite conciliar a preocupação do bem público com uma concepção desiludida da natureza humana.” (Podemos lembrar que para Beauvoir não existe propriamente uma natureza humana a priori, e passar a acreditar, sustentar, aceitar como verdade essa “de um homem imundo por natureza” é pura “má-fé”).
OBS: O termo “Sabedoria das Nações” pode ser entendido como “Sabedoria Popular”
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